Fotos: Arquivo Pessoal
A santa-mariense Eloá Oliveira Bueno, 92 anos, conhecida como Lola, morou desde criança no Bairro Nossa Senhora do Rosário. Ela não chegou a se casar e não teve filhos biológicos, mesmo assim, acompanhou e colaborou com a criação de filhos de amigos e familiares, dedicando-se a eles como se fossem seus. Entre eles, Carlos Alberto Gomes, José Luiz Ramos, Rosangela Ramos, Rosicler Ramos, Vera Helena Vargas e Julia Mello. Eloá também adorava estar na companhia dos afilhados, sobrinhos e dos irmãos Tercio e Rubens, ambos falecidos. Os três eram muito companheiros.
- Ela era muito calma e nos passava essa tranquilidade nas palavras. Morei com ela desde meus 7 anos. Agora, aos 49, quem morava com ela era eu e a Rosangela. Os outros filhos que ela criou também a visitavam constantemente - recorda Julia.
Eloá também adorava os animais de estimação, chegando a ter 30 gatos e cinco cães, logo que Julia foi morar com ela. Atualmente, ela tinha a cachorrinha Duda. As duas eram bem companheiras e Duda estava com a tutora em todos os lugares da casa.
- Elas viviam juntas. Onde a Madra (como era chamada pelos filhos de criação) ia, a Duda estava junto. Eles não se largavam - lembra Rosangela.
Leitora assídua, Eloá lia jornal todos os dias após o café da manhã. A atividade era tradicional. Ela também estudava a doutrina espírita e tinha inúmeros livros do assunto em casa. Por alguns anos, a idosa participou do Centro Espírita Leocadio José Correia, na Rua Venâncio Aires, próximo à casa dela.
- Há 10 anos, ela precisou parar devido à idade avançada. Porém, por muito tempo, Eloá deu passe e estava ligada com as ações da casa espírita. A Eloá sempre adorou se aprofundar no espiritismo - diz Julia.
Quando jovem, Lola trabalhou como bordadeira. À época, o artesanato foi fonte de sustento para a casa dela. Com o passar do tempo, passou a bordar como lazer, para presentear amigos ou decorar a casa.
Ser festeira era outra característica da idosa. A presença dela deixava o ambiente alegre. Lola não perdia comemorações entre familiares e amigos.
À família, Eloá deixa o legado de bondade, solidariedade e outros ensinos do espiritismo.
- Por meio da doutrina, ela nos ensinou a conduzir nossas atitudes e considerar as consequências dos nossos atos - conta Rosangela.
Eloá faleceu enquanto dormia, de causas naturais, em 8 de outubro. Ela foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria.
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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122